quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Um ano inteiro e olha só.

Durante o ano de 2008 o grupo sócio educativo desenvolveu uma atividade de formação em costura e artes manuais para mulheres da comunidade. No s encontros as participantes do grupo foram criando espaços de trocas sobre as experiências vividas, desvelando o universo particular de cada uma, ao mesmo tempo que se identificam com a história de vidas de outras pessoas, um processo do individual para o coletivo.
O grupo sócio-educativo (costura) é um espaço para fala e troca de experiências; muitas vezes só a possibilidade de falar para alguém ou apenas escutar, compartilhar e saber que outras vivem ou viveram coisas parecidas faz com que sintam-se melhores, mais confiante e, até com mais coragem para enfrentar o dia a dia. É possível escutar comentários do tipo:
  • nunca tive um lugar com este, onde posso ficar com as pessoas e conversar com elas.
  • Este lugar mudou minha vida, adoro vir aqui.
  • Não quero fazer nada hoje, estou indisposta. Mas quero ficar aqui, não quero ir para casa.
  • Meu marido me pergunta se, agora, só vou fazer essas coisas (trabalhos manuais em vez do trabalho doméstico).
  • Nem acredito que fui eu que fiz. Eu consegui.

Essa declarações demonstram que as posturas de algumas delas vem mudando perante a sua realidade e a forma como se colocam perante o mundo. De alguma maneira os encontros possibilitam acesso a um mundo novo e ao mesmo tempo comum. Aos poucos as participantes se descobrem capazes de produzir – coisas - de materializar desejos, transformado-os em vontade e em realizações.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Desenvolvimento do grupo

Iniciamos o segundo semestre (2008), com a meta de participar do Casa Aberta, oportunizando a mostra da produção individual do grupo. Até este momento as participantes do grupo vinham realizando tarefas, criando coisas em casa, dando corpo ao processo de aprendizagem. A exposição foi o momento de compartilhar com os outros isso tudo.

O grupo esteve bastante envolvido neste processo; lógico que sempre temos aquelas que se envolvem mais, talvez sejam as que mais acreditam na possibilidade de transformação. Todas que participaram da formação levaram peças para a exposição e em sistema de rodízio ficaram no local por todo tempo. A necessidade de ficar no local foi devido a grande circulação de pessoas, a guarda dos trabalho e também para prestar possíveis informações sobre que trabalho era aquele. Mesmo as pessoas que iniciaram o curso em agosto participaram colaborando com seus trabalhos e a permanência no local. Ainda para o Casa Aberta, o GSE confeccionou parte do figurino usado na apresentação do NCI (NAI).

Após o Casa Aberta o grupo assumiu outro desafio, participar da Feira de ONG da Alameda das Flores e a realização de um Bazar no espaço institucional. Nestes espaços o grupo pode expor os produtos confeccionados artesanalmente, comercializá-los, como também divulgar o trabalho desenvolvido pelo Instituto através do NAS-GSE.